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27.11.10

de Silva Ramos, recifense

Eu e tu: a existência repartida
por duas almas; duas almas numa
só existência. Tu e eu: a vida
de duas vidas que uma só resuma.


Vida de dois, em cada um vivida,
vida de um só vivida em dois; em suma:
a essência unida à essência, sem que alguma
perca o ser una, sendo à outra unida.


Duplo egoísmo altruísta, a cujo enleio
no próprio coração cada qual sente
a chama que em si nutre o incêndio alheio.


Ó mistério do amor onipotente,
que eternamente eu viva no teu seio,
e vivas no meio seio eternamente.

Um comentário:

Anônimo disse...

é um poema


peculiar

: )