Às vezes, em momentos bem raros, eu até faço fé nessa cidade. Lembro da revolução que foi a abertura da primeira Mcdonald's aqui, e até que faz um tempo considerável. Não vou mentir, eu adorava meu quarteirão com queijo e até hoje me delicio com as batatinhas mais sequinhas já saboreadas, não há páreo para elas.
Era o início de uma era. Alguns anos depois nosso shopping aumenta, começa uma disputa com um shopping fluminense para o posto de maior do Brasil, não me lembro quem ganhou, isso não faz lá tanta diferença. Já a vinda da Salinas, sim, trouxe alegria aos meus verões. Ô biquíni lindo, tenho uns que duram até hoje. Veio também Pizza Hut, Tok & Stock, Livraria Cultura, Wal-Mart arrasa-concorrência e coisinhas gostosas também em prateleiras outras que não as da Casa dos Frios, um pouco mais democratizadas que antes, como Nutella, Warsteiner e Erdinger (essa agora até nos cafundós de Aldeia tem).
E agora. Agora chegou a Zara. Ah, a Zara.
É novidade, né, e novidade muito boa, ter isso a alguns quilômetros de casa somente, tenho que suspirar mesmo.
As criancinhas cambojanas exploradas que me perdoem, mas hoje eu sou uma pessoa mais feliz.
O capitalismo é isso mesmo, não é. Tudo muda, mas tudo permanece a mesma coisa, cada um por si e Deus contra todos.
Onde será que Angelina Jolie compra as roupas dela e do filhinho? Enquanto eu não chego lá, vou comprando minhas parcas roupas de luxo na Zara mesmo. Pra mim tá ótimo.
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