Música pra mim é remédio mesmo. Dorflex, rivotril, dramin, aspirina. Engov! Oxe, música às vezes vira até comida.
Agora mesmo, tava morrendo de fome e foi só colocar uma musiquinha pra servir de antipasto. Bem melhor que o picles que eu ia comer antes de fazer meu fusili com atum.
Lembro uma vez em München. Na Oktoberfest mesmo. Depois dos dias de farra, eu e Adele voltávamos pra casa. Eu me segurava pra não vomitar no trem, tamanha a ressaca. E o trem ia devagar quase parando, era um regional daqueles fubequinhas (pros padrões alemães). Bom, quando eu tava já botando os bofes pra fora, Adele me empresta o discman dela (back to 2004, hehe...). Bem, os earphones levavam tudo diretamente para a corrente sangüínea e PIMBA, cabou-se o enjôo. Foi lindo.
E sabe qual foi a música? Poxa, vou estragar a história agora, haha. U2, Walk on! Ah, mas eu adoro essa música até hoje. Aquele dedilhadozinho leva a gente a The Edge of sensitivity, man!
Pois é. Imagina se eu fosse surda. Isola. Que nem o earphone, tá?
Agora, craro que às vezes o feitiço vira contra as pessoas desavisadas como eu, que inventam de ouvir música naquelas horas que o cerebelo já tá infestado delas e não cabe mais nada. Aí num dá, né, feiticeirinha de meio caldeirão.
Agora dá licença que eu vou ali na cozinha fazer um fusili, que eu acredito no poder da música, mas o suco gástrico aqui tá produzindo uns ruídos musicais poderosos também.
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